12 de dezembro de 2010

NATAL: tempo de refletir e AMAR (ainda mais) Maria!

Sem ela, existiria Jesus, de carne e osso?
Dando à luz o Menino Deus, ela gerou junto
outros tantos filhos: todos NÓS!

Não dá para pensar nesta época do ano (a minha favorita!) e olhar para o Menino Deus no presépio sem refletir o papel importantíssimo de Maria. Uma vez, li num dos folhetos da Missa que, se a jovenzinha de Nazaré tivesse, por medo, orgulho ou preconceito, dito "Não" ao Anjo Gabriel, provavelmente estaríamos até hoje à espera do Salvador. Era ela. Ela, a escolhida por Deus para trazê-Lo ao mundo.

"No sexto mês, o anjo Gabriel foi enviado por Deus a uma cidade da Galileia, chamada Nazaré, a uma virgem desposada com um homem que se chamava José, da casa de Davi e o nome da virgem era Maria. Entrando, o anjo disse-lhe: 'Ave, cheia de graça, o Senhor é contigo'.

Perturbou-se ela com estas palavras e pôs-se a pensar no que significaria semelhante saudação.

O anjo disse-lhe: 'Não temas, Maria, pois encontraste graça diante de Deus. Eis que conceberás e darás à luz um filho, e lhe porás o nome de Jesus. Ele será grande e chamar-se-á Filho do Altíssimo, e o Senhor Deus lhe dará o trono de seu pai Davi; e reinará eternamente na casa de Jacó, e o seu reino não terá fim'.

Maria perguntou ao anjo: 'Como se fará isso, pois não conheço homem?'.

Respondeu-lhe o anjo: 'O Espírito Santo descerá sobre ti, e a força do Altíssimo te envolverá com a sua sombra. Por isso o ente santo que nascer de ti será chamado Filho de Deus. Também Isabel, tua parenta, até ela concebeu um filho na sua velhice; e já está no sexto mês aquela que é tida por estéril, porque a Deus nenhuma coisa é impossível'.


Então disse Maria: 'Eis aqui a serva do Senhor. Faça-se em mim segundo a tua palavra'. E o anjo afastou-se dela". (Lc 1, 26-38)

Quando jovem, mais jovem, eu não entendia por que rezar a Ave, Maria, se já havia o Pai Nosso. Eu não dava pelota para Maria. Achava a oração a ela, tão lindamente criada, uma chatice: "Ave, Maria... Blá, blá, blá...".

Aí, virei espírita kardecista (de "meia tigela", diga-se de passagem) e, ao retornar à Igreja Católica Apostólica Romana, em setembro de 2007, conduzida pelos braços e as mãos de Santo Expedito, Santo Antônio de Pádua e Santa Teresa de Jesus (não a Teresinha francesa, mas a Teresona espanhola), vi Maria sorrindo de longe, depois bem de perto, ao me acolher na Sua Igreja.

Meu amor por ela tornou-se profundo e cresce a cada dia.

Ela é a Mãezona acolhedora de todos nós. Não me sinto privilegiada por amá-la tanto e sentir tanto a sua presença no meu dia-a-dia. Minha relação com Nossa Senhora não é "mais especial" do que a relação dela com quem quer que seja. Aliás, o que mais gosto em Maria é justamente isto: a tranquilidade e clareza com que ela demonstra amar a todos como uma Mãe deve amar, ou seja, com a mesma intensidade.

Ir ao estado de São Paulo, visitar o maior templo dedicado à Virgem Maria no mundo, o Santuário de Nossa Senhora Aparecida, a Padroeira do Brasil, e presenciar in loco aquela multidão de fiéis de todas as classes sociais, rendendo graças ou erguendo os braços à Mãe de Deus, confiando cega e inteiramente no poder da sua intercessão, na sua doçura, na sua compaixão com o nosso sofrimento, é um alimento e tanto para a fé.

Sim, Maria!

Você existiu e ainda anda no meio de nós, arrastando seu vestido branco e seu manto azul, pronta a nos dar o seu abraço cheiroso e suave, a ouvir as nossas misérias todas, a nos ajudar a chorar até a última gota a aflição imensa por que passamos, com sua mão branca e branda a nos chamar para seguir o Seu Filho.

SIM. O que há de mais lindo em Nossa Senhora, a Menina de Nazaré, a Mãe de Deus e nossa, é que ela conduz o nosso olhar para o que deve ser contemplado: o mistério e a grandeza do Seu Filho. Isto é o que há de mais lindo em Maria: ela não quer reter a adoração que devemos a Seu Filho. Amá-la é amá-Lo também. Impossível amá-la e não amá-Lo igualmente. Ela é a cara Dele e Ele, a dela. O amor a uma deságua no Outro. Inevitavelmente.

Por isso, gosto tanto da Maior e Melhor canção a Nossa Senhora já escrita: Maria de Nazaré, de Padre Zezinho, o talentoso e inigualável sacerdote, cujas canções não são exibição tola de versos bem rimados e vazios. São teologia, liturgia e beleza, que ajudam os fiéis a se achegar ao Salvador. Todo católico que se preze TEM QUE TER um CD que seja do Padre Zezinho. Confira:


Para reforçar a pujança da música, eis a sua letra, na íntegra:

Maria de Nazaré, Maria me cativou
Fez mais forte a minha fé
E por filho me adotou

Às vezes eu paro e fico a pensar
E sem perceber, me vejo a rezar
E meu coração se põe a cantar
Pra Vigem de Nazaré

Menina que Deus amou e escolheu
Pra mãe de Jesus, o Filho de Deus
Maria que o povo inteiro elegeu
Senhora e Mãe do Céu

Ave, Maria (3X), Mãe de Jesus!

Maria que eu quero bem, Maria do puro amor
Igual a você, ninguém
Mãe pura do meu Senhor

Em cada mulher que a terra criou
Um traço de Deus Maria deixou
Um sonho de Mãe Maria plantou
Pro mundo encontrar a paz

Maria que fez o Cristo falar
Maria que fez Jesus caminhar
Maria que só viveu pra seu Deus
Maria do povo meu

Ao contemplarmos o mistério da vinda de Deus ao mundo, em Pessoa, para nos salvar, não nos esqueçamos de quem tornou esta Graça possível: a Menina meiga, humilde e sábia de Nazaré!... Saúde e Paz!!


Imagem: Internet


~Ana Paula~A Católica
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